GGI dos Bairros vai produzir relatório científico de danos não materiais causados pela Braskem

 O grupo recebeu a socióloga e doutora em Planejamento Urbano e Regional, Nair Palhano

 Foto: Marcelle Limeira/Ascom GGI dos Bairros

Os danos não materiais causados pelos problemas de afundamentos no solo em bairros de Maceió por causa da Braskem serão alvo agora dos trabalhos conduzidos pelo GG1 dos Bairros (Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros). Nesta semana, o grupo pertencente a Prefeitura de Maceió recebeu a socióloga e doutora em Planejamento Urbano e Regional, Nair Palhano, com o objetivo de produzir um relatório científico.

Nair Palhano é especialista com experiência em desastres naturais. O foco dos trabalhos levantados por ela está em danos não materiais sofridos por atividades de mineradoras. No caso de Maceió, dos moradores que foram afetados pela trabalho da Braskem. Os bairros afetados são Pinheiro, Farol, Mutange, Bom Barto e Bebedouro, em Maceió.

Os principais danos não materiais apontados pela socióloga são a realocação das áreas remanescentes, alteração do termo de acordo, de forma a incluir essas áreas com base nos critérios socioeconômico e social, e assistência de saúde para as famílias afetadas que tiveram consequências físicas e psicológicas.

Durante toda a semana, a consultora visitou as áreas atingidas, conversou com os órgãos e secretarias envolvidas no processo, assim como os moradores dessas localidades. A especialista veio com a missão de indicar e propor caminhos, entender como estão as pessoas atingidas pós-desastre e apresentar novas possibilidades de diálogo com a mineradora.

Um dos principais momentos foi a reunião com os ex-moradores desses bairros, que já foram indenizados e com os que ainda moram no entorno.

“O entorno da área de risco tornou-se uma situação dramática, foi atingido também, e não avaliar essa área como parte do problema é uma violação de direito”, disse a consultora durante a reunião com as lideranças comunitárias.

Entre as secretarias que foram ouvidas para a coleta de dados estão a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (SEDET), Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (SUDES), a Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (SEMSCS), a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e a Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEMINFRA), além de outros órgãos públicos como a Defensoria Pública e a OAB/AL.

*Portal Gazetaweb




Postar um comentário

0 Comentários