Erros no processo seletivo atingem 74% das companhias. Como resolver?


 As consequências desse problema são graves — e vão além dos aspectos financeiros. Veja como reverter a situação e se prevenir para o futuro

Em agosto de 2016, Guilherme Biondo recebeu uma ótima notícia: ele tinha sido aprovado em um processo seletivo e se tornaria analista de marketing digital da agência Raccoon. Só que o aviso foi feito para a pessoa errada — Guilherme, na verdade, havia sido eliminado. “Nós enviamos por engano o e-mail de aprovação, com boas-vindas e tudo mais. Como ele já tinha pedido demissão no outro emprego e levado os documentos de contratação, não dava para voltar atrás”, lembra Tulio Kehdi, sócio fundador da Raccoon e responsável pelo RH na época. Já esperando um desempenho ruim, a equipe se surpreendeu com os resultados do novo empregado. “Ele se mostrou um ótimo profissional, dedicado, com perfil de liderança e alinhado com a cultura da empresa.” Quatro meses depois, ele foi promovido — e ficou sabendo que nem deveria ter entrado na empresa. Hoje, Guilherme é gerente de marketing e mídia e lidera um time de 30 pessoas. Essa história teve um final feliz, mas erros nas seleções são comuns nas empresas. Um levantamento de 2017 do site de vagas CareerBuilder revela que 74% das organizações admitem ter feito contratações equivocadas. Já dados de um estudo global de 2018 da consultoria Robert Half indicam que 39% das companhias levam apenas duas semanas para perceber que a pessoa não é a ideal para o cargo. “Ao mesmo tempo que os RHs estão se digitalizando e se tornando cada vez mais estratégicos, há despreparo e falta de profissionalismo no setor de recrutamento e seleção. Os processos ainda são muito arcaicos”, diz Maria Elisa Moreira, psicóloga e professora de pós-graduação e educação executiva no Insper. #entrevista #empregos #erros

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